segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pedra Hime - A volta ao Pão de Açúcar de Jacarepaguá

Rio, 09/05/2016


  Um longo recesso de postagens oficiais aqui no Blog e na Fanpage chegou ao fim. E para começar em grande estilo, hoje foi dia de revisitar a Pedra Hime ou Pão de Açúcar de Jacarepaguá. Faziam exatos quatro anos desde da última visita a essa incrível trilha cheia de surpresas como a Preguiça avistada e bem fotografada tempos atrás.
Essa trilha está no cobiçado livro de trilhas do PEPB, e seguindo as instruções acordei bem cedo e fui desbravar aquelas matas mais uma vez.
Eram 08:00h. me identifiquei ao porteiro da pedreira Tamoyo, e ele disse que havia uma ficha a ser preenchida, nada de mais, identidade, CPF, endereço nome, apenas um artifício para isentar a pedreira de alguma responsabilidade sobre nós montanhistas caso viesse a acontecer algum acidente. O clima estava ameno com muita nebulosidade que foi dissipando lentamente ao longo da caminhada, a trilha está sinalizada nas principais bifurcações, porém, requer um pouco de experiência já que o local não é tão visitado e consequentemente as trilhas quase se apagam.
A ansiedade era grande subi exigindo bem mais do meu físico e fiquei bufando, depois me dei conta e diminui o ritmo, é uma trilha pesada com poucos trechos planos. Parei no paredão que está super habitado por aranhas (nada mais justo) para me energizar e fiquei ali por uns dez minutos fazendo algumas fotos e descansando antes de retomar a subida, que na minha opinião o melhor trecho é do paredão em diante, cheio de surpresas e desafios. Passados esses desafios, finalmente desci até o mirante, já que cume é coberto de vegetação, ai foi alegria, vibração, muitas fotos e afirmações positivas!
Dei uma pausa na sessão fotos e comecei a procurar o livro de cume para mais do que merecidamente deixar também meu registro. Lendo relatos, descobri que o caderno havia sido roubado, isso mesmo! Roubaram o livro de cume! E que o mesmo foi devolvido esse ano, um absurdo!
Durante toda a subida ouvia o som de um helicóptero bem próximo e imaginava, "poxa, ele poderia estar lá no cume e me dar um passeio até embaixo..." Devaneios de um louco pela natureza a parte haha!
Lá em cima observei que na Serra da Escada D'água esse helicóptero trazia materiais e operários para trabalharem nas torres de alta tensão.
Outra coisa chata que observei lá de cima, bem, ouvi na realidade, é a poluição sonora da pedreira, é um paf paf paf poc poc brshh, brumm infernal! Fora a sujeira, poluição e destruição de um pedaço do parque. Essas concessões...
Um comentário breve, os animais que se aproximam de mim. Principalmente as borboletas são visitantes assíduas, pousam veem e vão, certa vez uma borboleta coruja pousou na minha cabeça duas vezes, devem me ver como uma planta. Dizem os místicos que é um sinal positivo, bom presságio hora de mudar e limpar o velho. Legal não é? Há uma frase do Mário de Quintana que diz: O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você”. Achei pertinente.
Ahh! Conseguiram finalmente jazer o Lago Hime, lá do alto parece até uma praia com vários montinhos de terra como vocês podem observar nas fotos abaixo.










Tem disposição? Vamos!








Disse um sábio careca: "Para subir tem que descer, para descer suba mais alto" Faça essa trilha e você entenderá.
Um beijo no coração e um queijo.


sábado, 2 de janeiro de 2016

Praias Selvagens - Meio

Rio, 02/01/2016

  Estamos de volta!
 Se eu pudesse mostrar tudo que anda acontecendo aqui e virá seria ótimo!
A aventura de hoje foi destino as praias secretas e ou selvagens, contudo, o caminho se estendeu mais do que deveria e por muito pouco e opcionalmente o cume do Telégrafo não foi alcançado. Mas, quem disse que isso foi ruim? Que nada! Nas andanças foi localizada uma fonte d'água possibilitando novos horizontes... Mesmo com o tempo nublado as praias estavam cheias até mesmo as selvagens.
Muita gente ainda em clima de réveillon acampada no Meio e no Perigoso. Um adento, não vi praticamente lixo nenhum na trilha e nem próximo as pessoas.
A caminhada foi tranquila, suada como de praxe e após, devidamente descarregado e refrescado ao chegar a praia, um mergulho e de volta a trilha.
Fiquem com algumas fotos:

Bem pessoal, por hoje é só.









Ps. Filas em trilhas não são legais, as expressões mostram isso. O proposito da trilha também é "fugir" um pouco do mundo ou não? 
     Controle do número de pessoas na trilha?
     Educação?
 Chegaremos lá?

ENQUETE:
QUAL TRILHA VOCÊS QUEREM VER POR AQUI?
     
      



domingo, 9 de agosto de 2015

Pedra Negra - O retorno

Rio, 09/08/2015


   Olá leitores fãs de aventura! Hoje foi dia de desbravar, se arranhar muito, arrumar uns carrapatos (ossos do ofício) e, é claro, ficar muito feliz e realizado com os novos panoramas advindos de muita persistência e suor.
Hoje o destino foi alterado no último momento, já que alguns fatores favoreceram, então, decidi fazer o que ia me agradar. Além do mais, seria a terceira semana consecutiva a visitar o Camorim de todas as formas. Mudei uma curva, e decidi revisitar essa misteriosa Pedra. Esse caminho é bem tranquilo, apenas muito sujo no início. Também malhei muito os braços abrindo novamente o caminho bloqueado por árvores tombadas enquanto um cachorro de longe denunciava minha passagem.

A pausa tradicional para um reforço nas energias e algumas fotos para continuar a jornada. Resolvi efetivamente desbravar o lado cabeludo da pedra, só não sabia que seria tão sofrido, ali é o reino do "arranha gato" a caminhada se tornava longa mesmo com o destino a uns cinquenta metros. Decidi voltar e numa próxima vez ir melhor equipado e protegido. 

Até a próxima!





domingo, 14 de junho de 2015

Pau da Fome x Colônia Juliano Moreira + Pedra do Quilombo

Rio, 14/06/2015

   A muito tempo não visitava essa Pedra, resolvi aproveitar o lindo dia e apreciar umas das melhores vistas do parque, se não a melhor. Uma visão privilegiada do Pico da Pedra Branca e da Pedra da Gávea além das praias da Barra e do Recreio. Estava uma brisa fria e constante no cume contribuindo ainda mais para o relaxamento meditativo. Na subida cruzei com três rapazes, que acabaram me acompanhando, eles parecem conhecer do Sr. João Corrêa. Na chegada ao cume tive uma surpresa ultra amigável, um cão montanhista estava lá filando os lanches de uma galera internacional e meu ovo cozido, ganhei lambida, focinho no colo ele não era de ninguém. Pela primeira vez hoje fui a parte de baixo da Pedra.
 Dando continuidade, desci para seguir em direção a Colônia e na propriedade do seu João, encontro outra amiga, não fiz foto infelizmente, um amor é o que posso dizer. A trilha parecia mais longa, muitas árvores caídas, pouca água, está tudo muito seco e diferente. Será a inversão dos polos? Será o terremoto em Bracuí em Angra? Será? Bom eu sei que não vou desagarrar da natureza.
Para fechar a cachoeira da Colônia.











segunda-feira, 20 de abril de 2015

Camorim com surpresa

Rio 19/04/2015

   Um domingo de céu encoberto, clima agradável e uma grata surpresa vindo pela frente. Fazia alguns meses desde a última vez que pus os pés por lá, e nesse período, além de terem alterado o curso de saída d'água do lago, ainda teve a estiagem que levou o nível das águas a limites preocupantes como já citei em postagens anteriores. A natureza e sua perspicácia sempre arranja um jeito de colocar suas obras nos eixos. E assim foi, o buraco infeliz que foi aberto e antes drenava a água do lago deixando seu nível baixíssimo jazera, atolado pelo barro desbarrancado da sua própria margem. Ele foi reduzido a um pequeno ralo insignificante que ainda precisa ser entupido, dois troncos não bastaram. Foi excelente, já que, assim; não precisaremos de um mutirão especial para isso.
Extrema felicidade, é como descrevo ter me deparado com essa imensidão aquática, ver o açude cheio novamente foi incrível! Ainda faltam uns cinquenta centímetros para voltar ao que era mas, sem dúvidas lavei a alma, mesmo se tratando de um lago artificial, não importa; o velho açude que conheci em 1999 não poderia ter sua beleza destruída. A natureza e sua imensa generosidade tratou de cuidar da sua criação com esmero.
O açude está como deveria ou bem perto disso.
A caminhada foi bem light sem problemas ou contra tempos, com a clássica parada na cachoeira do Camorim ou do Astral como é chamada por alguns, para uma impagável massagem descarregante e energizante. Ficamos um bom tempo por lá assim como na pedra da gruta.
 Na volta descemos pelo caminho do véu, para a apreciar a bela cachoeira véu de noiva do Camorim. Magnífica, fantástica e extraordinariamente feliz foi a ida ao paraíso oculto nas alturas.


É isso senhores, retornarei com mais novidades boas a respeito de um dos locais mais fabulosos do PEPB.

PS.
Para quem quiser e apoiar a ideia, ajudando na compra do produto para remover pichações e no trabalho, seguindo o belo exemplo de outro grupo, a princípio eu e um amigo tivemos essa vontade, estamos conversando sobre fazer um mutirão a respeito da limpeza dessa poluição visual, tendo em vista que aumentou número desse crime em vários locais da trilha e do parque. É muito chato você ter uma vista tão linda com um borrão de tinta estragando a paisagem e nossas fotos. E mais, se flagrarem crimes denunciem não se omitam! Não faça alarde, existem câmeras com zoons poderosos e a internet ao nosso dispor, assim, separamos montanhistas, de desordeiros e vândalos.

Um grande abraço e até breve!





sábado, 4 de abril de 2015

Pernoite da Paixão

Rio, 04/04/2015

   Conforme prometido, eis que surge finalmente a postagem de mais um pernoite. Foi uma noite solitária, fria e deslumbrante. Um adento: Não encontrei minha cara metade no sentido do título da postagem, esse sentimento é cego e sem razão, só faz besteira por quem não merece por vezes. Paixão, se refere a sexta feira da paixão, ou sexta feira santa.
Pelo avançar da hora, comecei a caminhada a tardinha, não pude escolher bem o ponto para o bivaque mas, acho que esse que onde parei supriu bem as necessidades. Esse local proporcionou belíssimos visuais. O por do sol é sem dúvida o ponto alto, teve também o da lua que acordei a tempo de presenciar. Maravilhoso!

Na subida um cachorro magrelo subia  na minha frente sem querer muito papo parecia um beagle genérico. Quando achei que o danado tinha sumido, lá  na frente aparece ele, aos pés da pedra que fiquei, talvez atraído pelo cheiro das gororobas mateiras.

Acordei a tempo de ver a lua se por também no PEPB. Que espetáculo! Os tucanos me acompanharam e acordaram gritando.
O frio se fez presente sem exageros, não tive do que reclamar. Encontrei bananas, jaca, material para uma boa fogueira e água limpa direta da fonte super gelada.

Pura introspecção é o resumo dessa estadia na mãe natureza.  Ainda completará algo em algum momento  e em algum peito.

Até breve!



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pau da Fome x Colônia

Rio, 22/02/2015


  Finalmente retornei a essa fabulosa trilha, uma das mais preservadas, uma das mais bonitas e uma das mais especiais... Sempre falo isso não é? Mas, é verdade, essa trilha e mais que especial. A primeira vez que ela foi concluída a alguns anos, eu fui sozinho, como havia chamado muitas pessoas e recebido muitas desculpas, e nãos, lá fui eu, como sempre me virando super bem. Posso dizer que foi legal para caramba! Não me sinto só nunca na floresta...
Relembrando, naquela primeira vez eu só possuía um mapa do IPP, que era bem diferente da realidade, não existia guia do PEPB e muito menos tinha sido explorada por outros grupos pagos felizmente. Eram só as minhas marcas e as antigas dos caçadores, e lá fui eu usando a intuição mesmo até encontrar o caminho correto que apagara da mente por conta de uma bifurcação não gravada que entrei. Venci. Confesso que eu retornei a essa trilha bem ressabiado quanto ao trecho certo a seguir em determinado ponto, contudo, foi um sucesso, essa trilha abasteceu uma célula de energia no íntimo da alma redespertando uma parte dormente de mim.
  A caminhada foi marcada de supetão, como era esperado somente um guerreiro apareceu, o bom foi que ele gostou muito. É fim de verão, e nem preciso dizer que a bica corporal estava aberta. A subida foi tranquila até. Pararmos no Bela Vista e fizemos um lanche antes de dar prosseguimento a caminhada.

A trilha muda, fecha, fica estreita, e a orientação bem complicada. Seguimos até o mirante que dá vistas para as pedras Calhariz e Hime, além do Pico da Pedra Branca entre outros. O sol estava castigando, além de estarmos com muita coceira e devido ao mato, que parecia mais com uma tortura chinesa cortante e ardida.

Na retomada do caminho outra situação inusitada que não ouso desafiar, bem na entrada da bifurcação, nosso caminho, elas, as amigas do mel, não ficamos ali muito tempo, apenas o suficiente para algumas fotos e um breve vídeo. O limiar entre o nervosismo e o  êxtase.

Fizemos muitas paradas pelo caminho para observar várias coisas belas e diferentes, sementes, frutos, formações rochosas etc.





Finalmente chegamos ao ponto alto da trilha, a bela cachoeira restrita da Colônia, dispensa comentários.

No caminho de volta ainda sobrou tempo para uma pequena contemplação e volta ao passado de Jacarepaguá, como o antigo aqueduto, o Núcleo Rodrigues Caldas o Coreto e uma pequena invasão fotográfica em uma das ruínas.

Mais uma trilha/caminhada em grande estilo concluída e bem gravada na mente.
Até mais ver!