sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cobiçado x Ventania - Trilha circular

Quinta, 30/05/2013

  O que seria uma caminhada de dois dias acabou se tornando uma trilha circular de um dia inteiro por causa da previsão não muito boa mas, nem por isso deixou de ser igualmente extraordinária. Por enquanto na liderança do ranking das trilhas. Parti cedo pro ponto de encontro, ainda estava escuro. De lá, seguimos até a Cidade Imperial Petrópolis um lugar bonito e aconchegante. Depois de pedirmos informações ajustamos as coordenadas e seguimos pro bairro de Caxambu, típica cidadezinha de interior onde literalmente muitas pessoas tiram seu sustento da terra, local com muitas plantações e hortas que do alto formam um verdadeiro mosaico. Logo que chegamos pedimos informações sobre o início da trilha a um homem trabalhava num canteiro de agrião. Muito simpático e prestativo, deixou colocar o carro em sua casa e nos indicou o caminho. Iniciamos a caminhada até que um passou uma caminhonete e um dos nossos companheiros pediu uma carona dali fomos quase até o final da rua. Foi perfeito, uma carona quase ao início da trilha.



Após esse passeio de Toyota continuamos a caminhada a pé e a cada passo mais belezas se via. Cruzamos com um senhor que passeava pelo local e comentou da travessia porém, não quis se aventurar na jornada conosco. Comentou da descrição da trilha num livro onde cita-se inclusive para ter cuidado com uns cachorros, quando subi só vi vira latas pequenos e presos. Foi a gente se despedir e se afastar um pouco dele a cena comédia aconteceu, eu olhei pra trás e vi um cachorro surgido do nada rosnando e se atracando com a barra da sua calça, aparentemente ficou tudo bem. Por que eu fui falar que não tinha cachorros? (risos)









Mais a frente, nossa primeira fonte d'água descrita como única da travessia, que não é o caso se tiver chovido nos dias anteriores. Enfim, abastecemos um de nossos amigos descobriu que havia esquecido sua água então enchemos todos os vasilhames que tínhamos pra compensar. Mais a frente encontrei uma garrafa pet que foi de grande ajuda. Contrariando a descrição, abastecemos essa garrafa com água em outro filete que escorria cruzando o caminho tratando com pastilhas de cloro por segurança.  Seguimos na trilha que um "setão" e uma "setinha" indicando a direção a seguir.

 Quanto mais alto maior o desbunde com diz um amigo nosso. Como citei acima, as plantações do alto se tornam um mosaico muito bonito, todo o caminho é salpicado com araucárias e pinheiros também.

Parada pro abastecimento.
Paramos algumas vezes pra descansar e fotografar, o Cobiçado tem uma subida forte e demorada que engana se for subestimada. Com um pouco mais de esforço chegamos ao cume onde pudemos apreciar uma vista magnífica. Fizemos um escambo básico com o que levamos de alimento, meu clássico ovo cozido não pode faltar, rolou até uma sopa de caneca. Foi um "cumes e bebes".

O cume de verdade foi o citado anteriormente porém, o livro de cume está a frente do outro lado na continuação da trilha.
Deixamos nossa impressão registrada.
Apesar da trilha estar aberta a vegetação arranha bastante, aconselho usar uma gandola ou camisa de manga além da calça. Subimos o morro dos Vândalos onde haviam alguns bovinos pastando livremente. Na descida desse morro, por todo vale até a base da Pedra do Diabo é onde a vegetação começa a ficar densa. Num trecho de "escalaminhada" na lateral Pedra do Diabo, puseram um acorda como apoio, mas dá pra descer sem problemas sem ela.









Em seguida iniciamos a subida pro Morro do Tridente que tem trechos perfeitos pra quem tem medo de altura, ela possui passagens bem expostas. A vegetação aqui não é nada delicada. Depois dessa "esfoliação" começa a descida mais chata de toda a travessia. Escorregadia, inclinada e erodida. Segure-se, porque senão você levará quem está na sua frente, um verdadeiro efeito dominó aconteceria. Nossa sorte foi estar com mochilas de ataque, pois seria uma tortura chinesa passar em algumas partes ali. Deem uma olhada:

No final descida, no comecinho da crista do Ventania encontramos uma armadilha fotográfica que se estava ativa fotografou nossos rostos e minha careca reluzente. Me chamam de doido por andar nas matas mas, poucos verão essa armadilha fotográfica ao vivo só na TV e olhe lá. Quer ver uma? Saia da sua zona de conforto!

A recompensa dessa árdua descida veio a seguir. A vegetação praticamente some se resumindo a apenas alguns arbustos, e um capim rasteiro. No horizonte a direita a mãe natureza pintava paisagens uma mais bela que a outra a cada minuto, um degradê estonteante.

Descemos com o tempo contado, foi só avistar as luzes das casas que a claridade do dia se extinguiu totalmente. Paramos um riacho de água bem gelada, lavei o rosto e continuamos. Já na estrada vimos a oportunidade de poupar muitos metros de caminhada, vimos uma caminhonete descendo, eu e mais um amigo corremos e pedimos uma carona. Foi só alegria, ríamos agradecidos que aventura incrível!
Uma fotografia vale mais que mil palavras.

A próxima?
Em breve!













sábado, 18 de maio de 2013

Nascer do sol.

Quinta, 16/05/2013

  Momento mais que esperado presenciar esse espetáculo magnífico, o nascimento diário do nosso Astro Rei. Foi uma ótima oportunidade sentir a brisa constante que soprava naquela manhã deixando aquela gostosa sensação refrescante no corpo, ao mesmo tempo recarregando as energias com boas vibrações iluminando e renovando o íntimo. Mais um dia raiava no horizonte disparando feixes aquecidos de luz, um novo ciclo rotacional que começava na Terra.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mutirão Trilha da Casa Amarela

Sábado, 04/05/2013

  Perguntei a umas pessoas na portaria do parque na sede Pau da Fome onde estava o pessoal do mutirão. Eles me disseram que eles estavam próximos a administração. Chegando lá, cumprimentei à todos e tive uma surpresa. Um conhecido de saídas a noite e pequenos shows de rock hoje é guarda parque. Foi estranho e engraçado encontra-lo ali. O PEPB está com uma cara nova, essa galera veio com vontade de mudar, são equilibrados e parecem gostar do que fazem ali. Alguns estudam biologia inclusive, Pois é, não existe escola melhor.
Achei boa a nova organização e administração ao contrário do passado onde haviam vigilantes controlando a entrada e até barrar a entrada de pessoas eles já fizeram, alegando trilhas fechadas. Não sei, acho que era implicância, despreparo ou por puro descaso mesmo! Nessa época nem manutenção de qualquer tipo tinha. E o motivo segundo estes, é que as trilhas estariam fechadas pra manutenção. Uma tremenda ironia. Os caçadores e colhedores faziam e ainda fazem a festa com os animais e sabe-se se lá mais o que na floresta. As coisas parecem caminhar pra que isso um dia acabe. Assim eu espero!
  Nos ofereceram uma mesa farta, vários biscoitos, pães, bolos etc, pra reforçar as energias quem estava indo ajudar na manutenção. Além de um kit que cada voluntário recebeu, também conhecido por catanho, como era chamado no E.B. esse tipo de lanche.









Logo em seguida partimos rumo ao inicio da trilha. Me pediram pra fechar o grupo ficando por último pra quem ninguém ficasse pra trás. Fiquei junto com o pessoal que carregava a moto serra e ajudei a tirar alguns troncos da trilha.
Encontramos o restante do grupo  mais a frente, onde eles limpavam uma área onde uma árvore enorme cheia de  ervas parasitas tinha caído.
Um amigo que chegaria depois, conseguiu nos achar apesar de estarmos bem a frente na trilha e das poucas e precárias marcas que deixei. Muito bom cara!
Paramos cerca de uns cinco minutos numa sombra próximo a Casa Amarela, fizemos um lanche e pra variar os mosquitos também, do meu sangue. Retomamos a caminhada e finalmente chegamos a casa. Preparei um café e complementamos o lanche.


Gostei muito da interação de todos, que seja um de muitos mutirões que virão! E que no próximo deem um jeito no Açude do Camorim que está num estado lastimável, outras coisas tem que ser priorizadas.