quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vale de Santa Maria - Primeiro poço.

Rio, 27/11/2013

  A convite de um amigo que não via fazia alguns anos, fomos a um poço localizado no bairro de Santa Maria para um banho refrescante. Para chegar, basta descer no ponto final do ônibus da linha 763, num lugar chamado "Sartório" e subir toda vida a estradinha margeando um rio num vale em sua lateral. Em caso de dúvidas pergunte para qualquer morador, o pessoal é receptivo. Chegando a uma igreja, quase no fim dessa estradinha, quebre para a direita e em menos de três minutos se acha o rio, daí, é só subir e logo verá o poço feito com galhos e pedras. Esse amigo aproveitou oportunidade e  arrematou algumas tarefas  pendentes e recolheu alguns dos seus pertences nessa igreja. Revi alguns velhos conhecidos.

Como choveu esses dias, o fluxo d'água aumentou bem formando essa pequena cascata, nem preciso dizer como foi o banho.
Semana que vem se o tempo tiver bom teremos mais águas e o desbunde de algumas pessoas, até lá!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pernoite da Proclamação da República.

Rio, 15/11/2013 e 16/11/2013

  O pernoite solitário aconteceu, esperei muito por um mas ele só aconteceu dessa forma, após muitos convites, planos impossíveis, muitos adiamentos e desculpas... decidi ir como nos velhos tempos das trilhas que fazia sozinho. É, já tive a companhia de muitas pessoas que não eram exatamente o que eu imaginava, poucos amigos e colegas de verdade. Poderia ter sido qualquer dia nem sei porque escolhi um feriado. Mas valeu, foi ótimo! Nem seria nessa localidade, tinha pensado na Praia do Meio, mas não quis correr o risco de ficar sem água, trocar o certo pelo duvidoso não é a minha. A bendita frente fria ainda não tinha chegado e com isso o clima estava super quente como de costume. Subi vagarosamente à tarde pois tinha muito trabalho a fazer entre eles, procurar um local, limpar, montar barraca, procurar lenha e pegar água. Por sorte encontrei um pessoal perto do ponto que eu fiquei, eu os vi, eles não. Com isso tive que mudar o local que havia pensado, uma mudança positiva, apesar de um pouco desnivelado serviu bem. A noite foi quente embalada por sons do Legião e do Alborada em seu início. Foi uma noite introspectiva não digo de relaxamento por que não tive conforto físico apenas mental. Eram só eu e os animais, muitos vagalumes por sinal, existe um que se assemelha a um besouro parecido com um carro com os faróis acesos, incrível! Fotos impossíveis, o bichinho não parava. Consegui manter a fogueira acesa a noite toda, como é bom ter a companhia de uma! Acordei bem cedo, tomei café, fui explorar um pouco o local e a tarde parti destino casa.
Casa na floresta

Vista da janela

A despedida diária do sol.

Só faltaram as batatas!
Até a próxima!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pedra do Telégrafo

Rio, 12/11/2013

  Dias que antecedem a chegada de uma frente e fria é assim, um calor escaldante, o sol parece um lança chamas te cozinhando vivo, encarar uma trilha sem fontes d'água foi complicado. Assim mesmo decidi com calor e tudo conhecer esse lugar com uma vista tão bonita, valeu a pena! Foi na exploração mesmo, pergunta a um aqui, a outro ali, e finalmente achamos a trilha. Assim que começa, depois de subir muito entre as casas, a rua vira uma estradinha de terra com um aclive constante, pudemos acompanhar um cano branco que por um longo trecho. Aquele cano estava na mira, na volta prometíamos achar uma emenda pra matar a sede e nos refrescar... Nos demos mal, estava seco! (risos) Panorama lindíssimo compensou o cansaço, de um lado a Restinga da Marambaia, do outro as belas Praias Selvagens.
A pedra a 350m cravados!
Caminho escaldante do cano seco.
 Ir ali me reservou uma surpresa, encontrei algo raro de ser ver um pequeno besouro "zumbificado". Anos atrás vi uma mosca atacada e morta por esse fungo, parecia de outra espécie mais claro e maior. Pra quem não sabe o que é isso, trata-se de um de fungo do gênero Cordyceps com quase quatrocentas espécies catalogadas, que literalmente assumem o comando do animal. Eles contaminam seu corpo e dos insetos incautos que se aproximarem por meio de esporos e agem em seu sistema nervoso, fazendo viver da maneira que convém ao fungo até a  morte trágica e "funguenta", por isso é chamado de fungo zumbificante, zumbi =  morto vivo. Eles podem atingir vários tipos de insetos, no caso das formigas eles as fazem ir em direção a terra úmida e fria, lugar propício a proliferação de fungos ao contrário do seu habitat natural as partes altas da floresta.

 O passeio não podia terminar sem um banho gelado nas águas da Barra de Guaratiba pra revigorar as energias e limpar as más.

Até a próxima trilha talvez algo refrescante.