domingo, 9 de agosto de 2015

Pedra Negra - O retorno

Rio, 09/08/2015


   Olá leitores fãs de aventura! Hoje foi dia de desbravar, se arranhar muito, arrumar uns carrapatos (ossos do ofício) e, é claro, ficar muito feliz e realizado com os novos panoramas advindos de muita persistência e suor.
Hoje o destino foi alterado no último momento, já que alguns fatores favoreceram, então, decidi fazer o que ia me agradar. Além do mais, seria a terceira semana consecutiva a visitar o Camorim de todas as formas. Mudei uma curva, e decidi revisitar essa misteriosa Pedra. Esse caminho é bem tranquilo, apenas muito sujo no início. Também malhei muito os braços abrindo novamente o caminho bloqueado por árvores tombadas enquanto um cachorro de longe denunciava minha passagem.

A pausa tradicional para um reforço nas energias e algumas fotos para continuar a jornada. Resolvi efetivamente desbravar o lado cabeludo da pedra, só não sabia que seria tão sofrido, ali é o reino do "arranha gato" a caminhada se tornava longa mesmo com o destino a uns cinquenta metros. Decidi voltar e numa próxima vez ir melhor equipado e protegido. 

Até a próxima!





domingo, 14 de junho de 2015

Pau da Fome x Colônia Juliano Moreira + Pedra do Quilombo

Rio, 14/06/2015

   A muito tempo não visitava essa Pedra, resolvi aproveitar o lindo dia e apreciar umas das melhores vistas do parque, se não a melhor. Uma visão privilegiada do Pico da Pedra Branca e da Pedra da Gávea além das praias da Barra e do Recreio. Estava uma brisa fria e constante no cume contribuindo ainda mais para o relaxamento meditativo. Na subida cruzei com três rapazes, que acabaram me acompanhando, eles parecem conhecer do Sr. João Corrêa. Na chegada ao cume tive uma surpresa ultra amigável, um cão montanhista estava lá filando os lanches de uma galera internacional e meu ovo cozido, ganhei lambida, focinho no colo ele não era de ninguém. Pela primeira vez hoje fui a parte de baixo da Pedra.
 Dando continuidade, desci para seguir em direção a Colônia e na propriedade do seu João, encontro outra amiga, não fiz foto infelizmente, um amor é o que posso dizer. A trilha parecia mais longa, muitas árvores caídas, pouca água, está tudo muito seco e diferente. Será a inversão dos polos? Será o terremoto em Bracuí em Angra? Será? Bom eu sei que não vou desagarrar da natureza.
Para fechar a cachoeira da Colônia.











segunda-feira, 20 de abril de 2015

Camorim com surpresa

Rio 19/04/2015

   Um domingo de céu encoberto, clima agradável e uma grata surpresa vindo pela frente. Fazia alguns meses desde a última vez que pus os pés por lá, e nesse período, além de terem alterado o curso de saída d'água do lago, ainda teve a estiagem que levou o nível das águas a limites preocupantes como já citei em postagens anteriores. A natureza e sua perspicácia sempre arranja um jeito de colocar suas obras nos eixos. E assim foi, o buraco infeliz que foi aberto e antes drenava a água do lago deixando seu nível baixíssimo jazera, atolado pelo barro desbarrancado da sua própria margem. Ele foi reduzido a um pequeno ralo insignificante que ainda precisa ser entupido, dois troncos não bastaram. Foi excelente, já que, assim; não precisaremos de um mutirão especial para isso.
Extrema felicidade, é como descrevo ter me deparado com essa imensidão aquática, ver o açude cheio novamente foi incrível! Ainda faltam uns cinquenta centímetros para voltar ao que era mas, sem dúvidas lavei a alma, mesmo se tratando de um lago artificial, não importa; o velho açude que conheci em 1999 não poderia ter sua beleza destruída. A natureza e sua imensa generosidade tratou de cuidar da sua criação com esmero.
O açude está como deveria ou bem perto disso.
A caminhada foi bem light sem problemas ou contra tempos, com a clássica parada na cachoeira do Camorim ou do Astral como é chamada por alguns, para uma impagável massagem descarregante e energizante. Ficamos um bom tempo por lá assim como na pedra da gruta.
 Na volta descemos pelo caminho do véu, para a apreciar a bela cachoeira véu de noiva do Camorim. Magnífica, fantástica e extraordinariamente feliz foi a ida ao paraíso oculto nas alturas.


É isso senhores, retornarei com mais novidades boas a respeito de um dos locais mais fabulosos do PEPB.

PS.
Para quem quiser e apoiar a ideia, ajudando na compra do produto para remover pichações e no trabalho, seguindo o belo exemplo de outro grupo, a princípio eu e um amigo tivemos essa vontade, estamos conversando sobre fazer um mutirão a respeito da limpeza dessa poluição visual, tendo em vista que aumentou número desse crime em vários locais da trilha e do parque. É muito chato você ter uma vista tão linda com um borrão de tinta estragando a paisagem e nossas fotos. E mais, se flagrarem crimes denunciem não se omitam! Não faça alarde, existem câmeras com zoons poderosos e a internet ao nosso dispor, assim, separamos montanhistas, de desordeiros e vândalos.

Um grande abraço e até breve!





sábado, 4 de abril de 2015

Pernoite da Paixão

Rio, 04/04/2015

   Conforme prometido, eis que surge finalmente a postagem de mais um pernoite. Foi uma noite solitária, fria e deslumbrante. Um adento: Não encontrei minha cara metade no sentido do título da postagem, esse sentimento é cego e sem razão, só faz besteira por quem não merece por vezes. Paixão, se refere a sexta feira da paixão, ou sexta feira santa.
Pelo avançar da hora, comecei a caminhada a tardinha, não pude escolher bem o ponto para o bivaque mas, acho que esse que onde parei supriu bem as necessidades. Esse local proporcionou belíssimos visuais. O por do sol é sem dúvida o ponto alto, teve também o da lua que acordei a tempo de presenciar. Maravilhoso!

Na subida um cachorro magrelo subia  na minha frente sem querer muito papo parecia um beagle genérico. Quando achei que o danado tinha sumido, lá  na frente aparece ele, aos pés da pedra que fiquei, talvez atraído pelo cheiro das gororobas mateiras.

Acordei a tempo de ver a lua se por também no PEPB. Que espetáculo! Os tucanos me acompanharam e acordaram gritando.
O frio se fez presente sem exageros, não tive do que reclamar. Encontrei bananas, jaca, material para uma boa fogueira e água limpa direta da fonte super gelada.

Pura introspecção é o resumo dessa estadia na mãe natureza.  Ainda completará algo em algum momento  e em algum peito.

Até breve!



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pau da Fome x Colônia

Rio, 22/02/2015


  Finalmente retornei a essa fabulosa trilha, uma das mais preservadas, uma das mais bonitas e uma das mais especiais... Sempre falo isso não é? Mas, é verdade, essa trilha e mais que especial. A primeira vez que ela foi concluída a alguns anos, eu fui sozinho, como havia chamado muitas pessoas e recebido muitas desculpas, e nãos, lá fui eu, como sempre me virando super bem. Posso dizer que foi legal para caramba! Não me sinto só nunca na floresta...
Relembrando, naquela primeira vez eu só possuía um mapa do IPP, que era bem diferente da realidade, não existia guia do PEPB e muito menos tinha sido explorada por outros grupos pagos felizmente. Eram só as minhas marcas e as antigas dos caçadores, e lá fui eu usando a intuição mesmo até encontrar o caminho correto que apagara da mente por conta de uma bifurcação não gravada que entrei. Venci. Confesso que eu retornei a essa trilha bem ressabiado quanto ao trecho certo a seguir em determinado ponto, contudo, foi um sucesso, essa trilha abasteceu uma célula de energia no íntimo da alma redespertando uma parte dormente de mim.
  A caminhada foi marcada de supetão, como era esperado somente um guerreiro apareceu, o bom foi que ele gostou muito. É fim de verão, e nem preciso dizer que a bica corporal estava aberta. A subida foi tranquila até. Pararmos no Bela Vista e fizemos um lanche antes de dar prosseguimento a caminhada.

A trilha muda, fecha, fica estreita, e a orientação bem complicada. Seguimos até o mirante que dá vistas para as pedras Calhariz e Hime, além do Pico da Pedra Branca entre outros. O sol estava castigando, além de estarmos com muita coceira e devido ao mato, que parecia mais com uma tortura chinesa cortante e ardida.

Na retomada do caminho outra situação inusitada que não ouso desafiar, bem na entrada da bifurcação, nosso caminho, elas, as amigas do mel, não ficamos ali muito tempo, apenas o suficiente para algumas fotos e um breve vídeo. O limiar entre o nervosismo e o  êxtase.

Fizemos muitas paradas pelo caminho para observar várias coisas belas e diferentes, sementes, frutos, formações rochosas etc.





Finalmente chegamos ao ponto alto da trilha, a bela cachoeira restrita da Colônia, dispensa comentários.

No caminho de volta ainda sobrou tempo para uma pequena contemplação e volta ao passado de Jacarepaguá, como o antigo aqueduto, o Núcleo Rodrigues Caldas o Coreto e uma pequena invasão fotográfica em uma das ruínas.

Mais uma trilha/caminhada em grande estilo concluída e bem gravada na mente.
Até mais ver!









quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sana e Rio das Ostras

Rio, 08/01/2015

   Desapego, aprendizado e gratidão foram as máximas dessa incrível viagem. E ela aconteceu como que por mágica após um chamado aleatório feito por uma pessoa amiga, daqueles que nós nem esperamos, que não fazíamos ideia do que andava fazendo ou por onde estava... Talvez, intuitivamente sentiu que era necessário fazê-lo, e assim, tive a primeira prova que as pessoas que realmente se importam aparecem de onde você nem imagina nos convidando a viver. Você muda a escolha na bifurcação do seu caminho e poe na balança da mente os dois pesos que os destinos escolhidos podem ter. Ela pesou para o mais valioso e didático, claro!
São aqueles que arrancam a gente de um ciclo de pensamentos, situações de futuro incerto, um convite para repensar na vida, focar em nosso bem estar, e no que agrega para nossa ascensão. Muitas ideias e inspirações surgiram... Lições rasgaram definitivamente o véu da ilusão, mostrando que tudo é possível quando queremos e nos sintonizamos numa rádio com som límpido e estéreo, por isso a importância de manter as antenas limpas e bem apontadas, se elas ficam abandonadas e sujas tendem a cair, quebrar e ou, captar frequências ruins. Além é claro, precisamos acreditar que somos capazes de ouvir essas transmissões alegres e saudáveis.
  A viagem, foi bem descontraída, regada a sons de qualidade e bom gosto. Na chegada, fotos no pórtico na entrada da cidade, e nela, no camping, foi hora de montar as barracas e nos organizarmos para o almoço, um P.F. de 13 dilmas bom e satisfatório. Após, foi a hora de dar um rolé pela cidade, até então nada de fotos, elas só começaram a acontecer quando voltamos no caminho para saber mais sobre o rafting, mais salgado que bacalhau do porto! Lá, conversamos como o senhor Moisés, coroa bem simpático e hospitaleiro. Pessoas que vivem assim nas proximidades da natureza são na grande maioria tranquilas, vivem uma vida modesta com qualidade em harmonia consigo mesmos. Nossa amiga comprou mel da propriedade dele além de queijos.


Na volta a Sana foi hora de relaxar com um banho de rio que fica paralelo ao camping e depois descansar. O dia seguinte prometia grandes aventuras.
Acordamos bem cedo, e nos dirigimos a sede da APA, que agora fica onde era o bambuzal outro antigo camping para nos identificarmos e finalmente dizer: Conheci o Sana. A caminhada é árdua e estafante, leva-se mais de duas horas mesmo estando habituado. Não deu para evitar comparações, em alguns trechos o caminho lembra a Pedra da Gávea em outros a travessia Pau da Fome x Rio da Prata. Porém, a energia... São outros quinhentos! Lento e constante foi esse o nosso ritmo, para uma grande recompensa:



Por Bruno Oliveira
Por Bruno Oliveira
 O retorno foi demasiadamente lento, e foi justamente nessa volta que a troca de experiência valeu sem dúvida alguma toda a viagem. Foi muito produtivo, foi agradável e esclarecedor, provando que coincidências não existem, e que sempre tem uma antena poderosa e forte que controla nossas frequências na boa sintonia desde que busquemos isso. Se o rádio está chiando agora, espere, tenha um pouco mais de paciência, verifique mais uma vez o estado da antena, limpe-a se for necessário, que as boas músicas começarão a tocar em breve.
Que céu! Quantas estrelas! Uma nos deu a chance de um pedido...
A noite foi curta e o terceiro dia foi para passear pela cidadezinha e conhecer outros pontos. Dessa vez não deu pra ir as cachoeiras, porém conheci Sana de verdade como ouvi de um senhor simpático no alto do Pombo: "Agora vocês podem dizer que vieram a Sana" Valeu e muito a pena ter aceitado o convite e realmente ter ido. Na manhã seguinte foi hora de levantar acampamento para outro destino.

 Nosso destino ficou decidido, seria Rio das Ostras lugar bem agradável e legal de passear com uma excelente vibe. O ponto forte nem preciso dizer qual é, e já começamos com o Mar do Norte, com a visão das praias virgens ao fundo, inscrições não tão misteriosas assim nas rochas, (belo trabalho por sinal) e é claro curtição e muitas fotos.
A segunda parada foi a lagoa de Iriri ou da Coca Cola como é chamada por causa da sua coloração e da alta concentração de iodo. De águas mornas foi um tanto quanto tentador não relaxar ali.
Praias Virgens ao fundo.
Praça da Baleia
 E por aqui encerro essa postagem, sem palavras para descrever o quão benéfica essa viagem foi pra mim, agradeço por tudo. Tudo foi fixado no subconsciente e será levado para sempre como lições de vida.

Grande abraço até breve!