sábado, 7 de dezembro de 2013

Caminho do Quitite - Trilha do reencontro

Rio, 05/12/2013

  Essa caminhada surgiu como ideia de reaproximação depois de alguns anos que estive afastado e se tornou uma comemoração de aniversário, de uma figura muito querida, uma amizade de longa data. Fiz o convite pra caminhada e ele topou e ainda incrementou chamando mais amigos, afinal, trilhas são o meu ponto forte e elas também servem pra isso, aproximar pessoas. Temos esse prazer em comum o contato com a natureza. O dia estava bem quente, esperei até que todos chegassem e iniciamos a caminhada,  com a sauna no máximo, bem quente mesmo! Foi quase uma obrigação parar no primeiro poço.

A subida foi retomada, e lentamente chegávamos cada vez mais alto e o calor também. Houve um revezamento para carregar mais novo membro do clã, o filho do aniversariante, criança adorável por sinal. Mas, valeu todo o esforço ao ver ao ver a satisfação de pai mãe e filho em estar lá, na verdade de todos ao meu ver.
Paramos na casa do Bororó recuperamos as energias e ainda demos uma olhada no belo mirante que tem por ali, vale a pena.
Por Raphael Monteiro.

Seguimos para a parte mais complicada onde a trilha fecha um pouco e se torna mais íngreme mas, no final valeu todo o esforço como podem ver.
 Na descida paramos na cachoeira e quem quis se refrescou, fiquei só admirando debaixo do meu visual quase Árabe. Já sabem por que né? (risos)
Conheci um pessoal novo são bem legais, povo bem entrosado, gostei bastante desse reencontro. A chance de um recomeço buscando sempre o equilíbrio. Mal vejo a hora de poder reunir os velhos e novos amigos num passeio só, só teremos o que somar positivamente a partir de agora.

Agradeço muito a todos que foram e me deram essa oportunidade. Não posso deixar de dar os parabéns ao meu amigo Juan Faria!
Vamos nessa que esse verão promete, até lá galera!


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vale de Santa Maria - Primeiro poço.

Rio, 27/11/2013

  A convite de um amigo que não via fazia alguns anos, fomos a um poço localizado no bairro de Santa Maria para um banho refrescante. Para chegar, basta descer no ponto final do ônibus da linha 763, num lugar chamado "Sartório" e subir toda vida a estradinha margeando um rio num vale em sua lateral. Em caso de dúvidas pergunte para qualquer morador, o pessoal é receptivo. Chegando a uma igreja, quase no fim dessa estradinha, quebre para a direita e em menos de três minutos se acha o rio, daí, é só subir e logo verá o poço feito com galhos e pedras. Esse amigo aproveitou oportunidade e  arrematou algumas tarefas  pendentes e recolheu alguns dos seus pertences nessa igreja. Revi alguns velhos conhecidos.

Como choveu esses dias, o fluxo d'água aumentou bem formando essa pequena cascata, nem preciso dizer como foi o banho.
Semana que vem se o tempo tiver bom teremos mais águas e o desbunde de algumas pessoas, até lá!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pernoite da Proclamação da República.

Rio, 15/11/2013 e 16/11/2013

  O pernoite solitário aconteceu, esperei muito por um mas ele só aconteceu dessa forma, após muitos convites, planos impossíveis, muitos adiamentos e desculpas... decidi ir como nos velhos tempos das trilhas que fazia sozinho. É, já tive a companhia de muitas pessoas que não eram exatamente o que eu imaginava, poucos amigos e colegas de verdade. Poderia ter sido qualquer dia nem sei porque escolhi um feriado. Mas valeu, foi ótimo! Nem seria nessa localidade, tinha pensado na Praia do Meio, mas não quis correr o risco de ficar sem água, trocar o certo pelo duvidoso não é a minha. A bendita frente fria ainda não tinha chegado e com isso o clima estava super quente como de costume. Subi vagarosamente à tarde pois tinha muito trabalho a fazer entre eles, procurar um local, limpar, montar barraca, procurar lenha e pegar água. Por sorte encontrei um pessoal perto do ponto que eu fiquei, eu os vi, eles não. Com isso tive que mudar o local que havia pensado, uma mudança positiva, apesar de um pouco desnivelado serviu bem. A noite foi quente embalada por sons do Legião e do Alborada em seu início. Foi uma noite introspectiva não digo de relaxamento por que não tive conforto físico apenas mental. Eram só eu e os animais, muitos vagalumes por sinal, existe um que se assemelha a um besouro parecido com um carro com os faróis acesos, incrível! Fotos impossíveis, o bichinho não parava. Consegui manter a fogueira acesa a noite toda, como é bom ter a companhia de uma! Acordei bem cedo, tomei café, fui explorar um pouco o local e a tarde parti destino casa.
Casa na floresta

Vista da janela

A despedida diária do sol.

Só faltaram as batatas!
Até a próxima!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pedra do Telégrafo

Rio, 12/11/2013

  Dias que antecedem a chegada de uma frente e fria é assim, um calor escaldante, o sol parece um lança chamas te cozinhando vivo, encarar uma trilha sem fontes d'água foi complicado. Assim mesmo decidi com calor e tudo conhecer esse lugar com uma vista tão bonita, valeu a pena! Foi na exploração mesmo, pergunta a um aqui, a outro ali, e finalmente achamos a trilha. Assim que começa, depois de subir muito entre as casas, a rua vira uma estradinha de terra com um aclive constante, pudemos acompanhar um cano branco que por um longo trecho. Aquele cano estava na mira, na volta prometíamos achar uma emenda pra matar a sede e nos refrescar... Nos demos mal, estava seco! (risos) Panorama lindíssimo compensou o cansaço, de um lado a Restinga da Marambaia, do outro as belas Praias Selvagens.
A pedra a 350m cravados!
Caminho escaldante do cano seco.
 Ir ali me reservou uma surpresa, encontrei algo raro de ser ver um pequeno besouro "zumbificado". Anos atrás vi uma mosca atacada e morta por esse fungo, parecia de outra espécie mais claro e maior. Pra quem não sabe o que é isso, trata-se de um de fungo do gênero Cordyceps com quase quatrocentas espécies catalogadas, que literalmente assumem o comando do animal. Eles contaminam seu corpo e dos insetos incautos que se aproximarem por meio de esporos e agem em seu sistema nervoso, fazendo viver da maneira que convém ao fungo até a  morte trágica e "funguenta", por isso é chamado de fungo zumbificante, zumbi =  morto vivo. Eles podem atingir vários tipos de insetos, no caso das formigas eles as fazem ir em direção a terra úmida e fria, lugar propício a proliferação de fungos ao contrário do seu habitat natural as partes altas da floresta.

 O passeio não podia terminar sem um banho gelado nas águas da Barra de Guaratiba pra revigorar as energias e limpar as más.

Até a próxima trilha talvez algo refrescante.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cachoeira Grande - Piabetá - Magé

Rio, 29/10/2013

Hoje foi o dia de passear de trem, uma viagem relativamente longa com muitas figuras engraçadas, e coisas inusitadas, começando pela transferência entre trens. Na transferência para o trem que faz o percurso até Guapimirim não tem rede elétrica, ou seja, os vagões são puxados por uma composição a diesel. Fumacenta e muito barulhenta, a cada passagem de nível é uma buzinada. Antes fosse um barulho tranquilo, mas não é, e sim algo parecido com buzina de navio que mal dá pra conversar, sai meio surdo de lá. Nesses trens ninguém paga passagem são oferecidos de graça mesmo, de Saracuruna pra lá. Também pudera, um serviço lixo daquele. Finalmente chegamos ao destino e seguimos rumo a rodoviária e tomamos um ônibus até o local. A caminhada é bem tranquila por uma estradinha lá na frente o aclive começou a aumentar e a estradinha virou trilha.

Chegamos próximo ao rio onde tem essa ponte em perfeito estado, deu pra brincar um pouco de Indiana Jones. Estávamos em dúvida quanto a direção a seguir mas ao entrarmos na trilha que continuava foi aquele "bum" uma queda d'água gigantesca era vista de longe, fiquei impressionado! As cachoeiras aqui do Rio são bicas perto dessa.


Fiquei deslumbrado com o tamanho e beleza dessa cachoeira. Partimos pra cima em uma trilha que mais parece uma versão da "carrasqueira" muito úmida e escorregadia. Existiu no passado uma construção por onde passava um duto com água, hoje não existe mais, desintegrou-se com o tempo, restando apenas as bases e partes da escada que segue acompanhando os mesmos. Improvisaram um fio amarrado nas árvores próximas pra servir de apoio pois está muito ruim de passar em alguns trechos.

Fomos a parte alta da cachoeira lá tem uma represa bem legal e abandonada, além muito mato, até uma ilha fluvial se formou, vestígios de acampamento e caça também eram visíveis nas proximidades.

 Lá em cima foi o local que escolhemos pra um banho, um remanso lindo.

Pretendo voltar lá com mais tempo pra conhecer mais coisas, e lembrar que lá mesmo com tempo nublado os mosquitos são cruéis.

Já volto com mais trilhas! Até lá!




sábado, 28 de setembro de 2013

Jardim Botânico x Corcovado (Vale do Rio Cabeça)

Sexta, 27/09/2013

  Clima de inverno em plena primavera o convite pra se embrenhar nas matas e se conectar a natureza. Já a trilha, não era das mais certas apesar de estar o tempo todo bem marcada, foi um sobe e desce sem fim, mais "sobe" do que "desce", muitos visuais inéditos e coisas completamente novas.

A cachoeira não tão secreta, tida assim por alguns interessados no assunto trilhas. Um recanto aparentemente sossegado perfeito pra uma introspecção, é claro, se não for na época de calor, já me disseram que o lugar fica lotado. Uma pena! Tenho meus recantos pra isso, esse poderia ser mais um. Na trilha acima encontramos o gigante Jequitibá que jazia depois de anos imponente.



Daí fomos até a cachoeira onde deveria ser o ponto final, porém, quiseram seguir até a trilha sem fim que depois de muito andar chegaríamos aos trilhos do bondinho do Corcovado. Literalmente circundamos todo o morro do o que eu achei desnecessário e imprudente devido ao avançar da hora, valeu pelo exercício. Não tenho muitas fotos porque as pilhas da câmera me deixaram na mão.

Terminamos a caminhada no velho Hotel Paineiras, exaustos. Ainda caminhamos quase duas horas até a praça Afonso Viseu.  O que também poderia ser evitado indo pelo Cosme Velho, com certeza esse equívoco não acontecerá novamente! Afinal, estamos sujeitos a riscos em qualquer lugar a qualquer hora, nossa vida tem que continuar independente disso, sem paranoias de supostas ameaças, sempre presando pelo nosso conforto e bem estar.  Foi isso uma trilha nada relaxante terminada no escuro, serviu pra dar condicionamento a quem estava um pouco ausente das caminhadas. Que venham outras melhores!

Até galera!





quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Morro do Urubu pra pensar.

Rio, 21/08/2013

  Decidi de última hora ir nesse lugar, estava num dilema. Ir a câmara apoiar o pessoal, ou a trilha. Optei pela subida. Estava a muito tempo sem fazer uma caminhada um poupo mais puxada desde que começaram as manifestações. Fiz quilômetros de caminhada nas ruas junto a milhares de pessoas engajadas em prol de melhorias pra saúde, educação etc... Era importante ter foco por isso a manifestações seguiram com exigências determinadas como o Fora Cabral. Desde então estamos indo na raiz com tudo! Eu fiz e estou fazendo minha parte sem fugir a luta!
Pois bem, a trilha é curta porém bem forte. O mato foi queimado recentemente o que me animou a ir lá, de onde moro já planejava o dia. Cheguei ao cume e fiquei algumas horas por lá, cheguei a dormir na sombra da pedra, foi excelente o descanso. Pensar? Só dormi mesmo!
A subida não foi fácil.

Depois de roncar e tudo, hora da partida.

Então, até breve galera!


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pocinhos do Rio Verde - Caldas - MG

Minas, 07/07/2013

  Minha primeira viagem para fora do Estado aconteceu. Lá estava eu pegando o ônibus com destino a Poços de Caldas em Minas Gerais, parece mentira mas, eu nunca havia saído do Rio de Janeiro. Depois de tanto ponderar, estava eu, prestes a encarar oito horas de viagem passando por São Paulo, além de várias serras e locais bonitos. Após muitas paradas finalmente chegamos ao trevo, um posto de gasolina em Caldas onde tomamos um táxi. No caminho o motorista nos contou algumas histórias sobre o lugar e sobre o ponto mais alto a Pedra Branca. Ele contou uma meio cabulosa, de uma tal fonte d'água localizada no cume que se tocássemos a água com as mãos ela só voltaria a brotar no dia seguinte porém, se retirássemos com uma caneca de qualquer tipo em duas horas a água estava de volta. Verdade, mito? Acredite se quiser! A noitinha chegamos ao sítio Rosa dos Ventos, uma local que transpira amor e dedicação em cada pedacinho. Uma dica: Leve lanches de casa, o Gugu gosta muito de faturar as custas dos viajantes com aquela rede de lojas na Dutra.
A casa estava cheia,  tinha gente de todo canto, Sampa, Bahia, Uberlândia, até Argentina. Até o Djavan já foi lá! (risos) Um pessoal bem bacana e divertido com um bom astral, alguns gostam de levar um papo mais "cabeça", ficando restrito a uma grupo na maioria das vezes. Por que a surpresa, não é mesmo? Afinal, o dono da casa é um antropólogo renomado, reconhecido internacionalmente uma pessoa carismática e agradável. Sempre que o Sr.Brandão (nesse caso Carlos Brandão) podia, vinha com algum livro ou revista mostrando alguma novidade, nos acrescentando um pouco mais de cultura; sempre com muita humildade. Só posso dizer que me senti muito bem em minha estadia por lá, foram dias bastante agradáveis que serviram pra eu fazer relaxamento e desacelerar um pouco.
  O dia seguinte serviu de descanso da viagem e também para conhecer o local, também fui à cidade com nosso amigo Sivolella, comprar um pequeno farnel para revigorar nossas forças após a subida da Pedra Branca Mineira.
 

Na manhã de terça, quem iria a pedra estava de pé desde cedo. Tomamos uma café reforçado e fomos de carro até o início da trilha. É uma distância considerável pra se percorrer andando. O frio se fazia presente mas, logo passou depois de alguns minutos de caminhada.As formações rochosas do lugar são únicas, nunca tinha visto algo parecido, pisava em pedras erodidas a milhões de anos.
O cume da Pedra Branca Mineira.

Equilíbrio natural.
 Paramos várias vezes pra fazer fotos e observar coisas diferentes além de pássaros. E então chegamos ao cume que possui uma cruz de ferro e uma espécie de pilar de metal. Na base da cruz, gravado na pedra, está o nome do primeiro conquistador daquele cume como vocês podem ver na foto:

No dias decorrentes ajudei o Brandão com a carpintaria, o que não falta lá é madeira, aliás, muita coisa por lá é feita de madeira; tudo bem bonito. Há também uma bela árvore que é chamada de árvore sagrada, ela é isolada das outras e garante "clics" muito interessantes.






Conheci também um produtor de vinhos artesanais, o Sr. Darci. Um Velhinho de setenta e sete anos muito simpático, sua família produz vinhos na região desde o século passado, tradição passada de geração em geração. Conversamos um bom tempo, além de degustar um pouco de vinho que deixa muitos por ai no chinelo.
Os animais se fazem presentes também. Tem os domésticos como o Toquinho (um cachorro magrelo e vira latas) e o Vinícius (um gato branco) e a Pretinha (uma Bacet / vira latas) Esse dois cachorrinhos nos acompanham sempre que saímos a pé do sítio.



Bugios










Além de macacos Bugios que só deram o ar da graça na última manhã bem fria que tive lá, faziam 12º. As fotos que consegui fazer foram a distância eles passaram longe, ouvindo a vocalização característica da espécie, tínhamos a impressão de que eles estavam muito mais próximos. Nesse último dia aproveitei para ir a uma cachoeira escondida com um novo conhecido de São Paulo.
Infelizmente na manhã de quinta seria a minha partida, me despedi de quem acordou cedo e fui de carona até Poços mas antes, passamos num lugar chamado "bacião". Um poço bem grande abastecido por um rio caudaloso, fiquei com muita vontade de ter tomado um banho lá. Na próxima com certeza irei!

Viagem maravilhosa galera! Voltarei lá com toda certeza pra fazer tudo que não fiz, me aguardem!

Até a próxima aventura!


Uma pequena reflexão:

 "Acima da capacidade intelectual e profissional, está a capacidade de reconhecer que nenhuma verdade é absoluta. 
Ter a humildade em admitir o próprio erro, mesmo que isto represente situação adversa, 
é digno e nos aproxima das outras pessoas.  O segredo do sucesso, começa por ser querido pelas pessoas.  
A chance de se obter sucesso é inversamente proporcional ao número de inimigos que você cria. 
Ter autoconfiança, sim. Ser arrogante, JAMAIS.  Não confunda arrogância com coragem, ousadia liderança ou segurança.
Os arrogantes colecionam fracassos (nem sempre financeiros), mas todos sempre são 
justificados e cada justificativa incabível, gera outro fracasso e o ciclo nunca é interrompido. As vezes, agindo com a arrogância, algumas pessoas conseguem o que querem à curto prazo, mas a longo prazo perdem o que há de mais precioso na vida: a amizade, o respeito e o carinho das demais pessoas. O indivíduo "tem tudo na vida", mas não se sente feliz."
Agnaldo Pila


"Quanto mais conhecimento adquirimos, o equivalente em 
humildade devemos ter. A vida é uma sala de aula onde temos 
um aprendizado constante e massivo portanto, a diferença entre 
as pessoas é apenas o caráter."
André Castro

Paz e Luz