O tempo estava incerto havia chovido no dia anterior fazendo com que adiássemos o nosso passeio. O trio topa qualquer parada se encontrou no ponto de sempre um pouco tarde desta vez, e partimos rumo ao início da trilha. O sol estava presente e então começamos a subida rumo ao maior pico do município. Atravessamos o Rio Grande e a confusa trilha tinha começado efetivamente.
O Rio Grande |
A trilha é longa pesada e muito mal sinalizada, mais ou menos quarenta minutos depois paramos em mais uma lindíssima cachoeira, indicação de um amigo nosso, na ocasião que ele passou ali o volume d'água estava bem menor não reparou na verdadeira cachoeira, essa me surpreendeu.
Até então essa era a cachoeira, mas fui olhar mais abaixo... |
Tamanho proporcional a sua beleza. |
E continuava a subida sem fim, com altos, baixos e planos; tinha horas que dava a nítida impressão de estarmos caminhando numa cumeeira. Logo atravessaríamos o rio mais uma vez. Ao chegar nesse rio tivemos uma grata surpresa. Um amigo nosso gritou: "Um bicho morto!" Passei a frente dele e vi que o animal se mexia e o identifiquei, era um filhote de Preguiça. Corri para tirá-la do rio, ela se agarrou a um tronco pequeno e creio que pela lentidão característica desse animal, ela não teria agilidade per se desvencilhar do tronco e da correnteza do rio. Que alegria de poder segurar esse bichinho, um sonho realizado. É claro tiramos algumas fotos e fizemos uma filmagem antes de coloca-la na base de uma Imbaúba.
Todos nós nos sentimos como mãe preguiça mas nosso amigo Brandão foi o que mais cativou, parecia segurar seu bebê. Não consigo deixar de rir quando assisto o vídeo. Extasiados fomos a caminho da Casa Amarela comentando sobre a Preguiça, torcendo pra que ela consiga sobreviver.
É sempre uma surpresa encontrar uma construção no meio da floresta, principalmente se ela tiver a mais de quinhentos metros de altitude. Fotografamos a casa que estava fechada, uma pena porque eu queria conhecer por dentro. Bati a porta mas ninguém atendeu que eu saiba. É época de caqui e as árvores em volta estavam lotadas. Comer essa fruta só se fosse uma questão de sobrevivência, prefiro comer tomate como uma maça. Por falar em comer, ali estava infestado do mosquito pólvora (Culicoidesparaensis) e eles também resolveram fazer uma boquinha é claro, do meu sangue! Pela hora desistimos de lanchar e partimos rumo ao pico. O tempo havia fechado e estava bem esquisito.
Devido a piora no tempo e falta de visibilidade no mirante achamos por bem voltar outra vez e mais cedo. E foi isso, na volta caiu uma baita chuva que nos deixou ensopados. Lembram das bifurcações? Confundiram também na volta, mas foi mais tranquilo.
Que dia! Que trilha!
O relato longo ainda está por vir. Aguardem!
Caraca!!! encontrar um filhote de bicho-preguiça realmente foi muita sorte, acho que só acontece uma vez em cada 500 trilhas percorridas HAHAHAHAHA
ResponderExcluirparabéns pelo blog, cada vez mais bacana; depois vou saber do macate da previsão do INPE e do link da radio Cidade...