Paraty, 17/04/2014
Enfim a tão esperada e adiada viagem aconteceu. Desta para um vez foi um lugar bem especial, um canto mágico com belas praias, cachoeiras pitorescas e muita gente bonita. Os atrativos naturais são bem diferentes e únicos. A Pedra que Engole por exemplo, o escorrega, a piscina do Cachadaço etc. Isso sem falar das outras opções de cachoeiras servindo para todos os gostos. Ir de carro ajuda bastante. Para quem tem condições de gastar um pouco mais, há opções de passeios de veículos 4x4, que nos feriadões tem preços exorbitantes, como tudo na cidade, exceto os preços do supermercado que estão dentro do padrão. Acabei embarcando nessa viagem sozinho mesmo, mas, fiquei a vontade pra decidir onde, como, e que horas iria para algum lugar. Essa trip começou incrível e terminou mais ainda. Sim, ainda existem pessoas boas neste mundo!
Saí até cedo do trabalho mas, as coisas pendentes me tomaram tempo em casa, e às 18:00h. ainda estava nua fila na rodoviária da Barra. Esse BRT é uma porcaria! Não funciona e só anda lotado. Felizmente fui sentado, e em Campo Grande tomei mais um ônibus para Itaguaí, pelo avançar da hora não tinha mais para Mangaratiba. Chegando em Itaguaí também não tinha mais ônibus, tive que pegar uma van para Jacareí e de lá para o centro de Angra, sendo que eu desci no trevo, onde mofei por mais de uma hora a espera do bendito ônibus para Paraty. Um cara passou de van e me informou que não tinha mais ônibus, e perguntou seu eu iria ficar ali parado e o que eu iria fazer. Falei que precisaria ao menos dormir, e pela manhã seguiria para Paraty. Ele ofereceu a van como abrigo para o pernoite e disse que de manhã era só deixar a porta trancada. Não foi um conforto total mas agradeço muito a esse rapaz. Ele ainda indicou um padaria próxima para forrar o estômago pela manhã, e foi o que eu fiz. Logo em seguida esperei por pouco tempo o último ônibus no percurso até a cidade histórica. A viagem nesse trecho teve direito a muito vômito no saco protagonizado por duas crianças, parecia até competição, uma começou a outra sentiu uma espécie de ciúme quando a mãe corria para pegar uma sacola na bolsa para a sua irmãzinha... (risos²) Já no minha penúltima baldeação, não saí da rodoviária, tomei logo outro ônibus para Trindade, desta vez estava lotado. Como era um feriadão os preços praticados por lá estavam um tanto quanto altos, em torno de R$30,00 por dia, consegui pechinchar por R$25,00, mas o camping nem era tão bom. Tudo acertado, barraca montada, fui conhecer o local indo direto à praia dos Ranchos e logo em seguida para a do Meio com o seu rio e os muitos caranguejos.
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Praia dos Ranchos |
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Riozinho na Praia do Meio |
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Praia do Meio |
Próximo as pedras conheci um camarada de Jundiaí SP, gente boa, trocamos uma ideia e dali fui experimentar a Pedra que Engole um dos pontos mais visitados. Que experiência diferente numa cachoeira!
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Prestes a ser engolido. |
Como disse antes, lá, é tudo caro, se puder leve sua casa nas costas! Eu considero sacanagem cobrarem o que cobram lá por isso, o que mais vi foi pessoas com coolers. Onde comi com o preço mais em conta foi um quiosque no caminho das praias por R$15,00 um prato feito. Para quem come quantidades para passarinho era suficiente. Almoçar bem e economizar não é o caso de Trindade e Paraty.
No segundo dia, acordei habitualmente cedo e tracei um destino: Cachadaço. Peguei um barco na praia do Meio e cheguei logo. O lugar é lindo, mas não curti muito pela quantidade de gente, não tinha como relaxar e eram apenas 09:30 da manhã. Fiz algumas fotos e voltei por trilha, que é muito tranquila pra quem está acostumado a caminhar. Curti demais o lugar, tinha muito pouco tempo e uma infinidade de locais por explorar. Numa próxima vez certamente haverão muitas explorações.
Eu estava como um nômade, e já cheguei ao camping me organizando para levantar o acampamento. Eu tinha duas opções em mente, Praia do Sono, ou Paraty. Optei pela segunda alternativa, não estava a fim de passar sufoco. Tomei minha decisão, e em Paraty peregrinei pela cidade em busca de um hostel. Andei praticamente por todo centro histórico com um peso danado nas costas até achar um perto da praia, bem no canto. Preço nada tranquilo para um albergue R$54,00 mas, incluía café da manhã e ainda ganhei uma caipirinha de cortesia. Uma experiência nova e diferente cheia de coincidências... O pessoal do quarto, exceto o italiano, fazem parte de um grupo; o "Mochileiros.com" o qual usei as dicas para chegar até lá. Além de administrarem o site organizam viagens, bem legal. Gostei muito da experiência, o caminho é esse mesmo em termos de viagem, são coisas que o dinheiro não compra.
O centro histórico é interessante, muitas lojinhas com artesanatos, pousadas, restaurantes, além das tradicionais cachaçarias. Algo peculiar da cidade são os constantes alagamentos. Não é que haja falta de saneamento, são as águas do mar que invadem as ruas na maré alta todos os dias. Ainda bem que temos uma chance menor de sermos atingidos por um Tsunami!
Na manhã do terceiro e último dia, me despedi do pessoal do quarto, trocamos contatos e tinha determinado que eu iria fazer um passeio de barco. Antes é claro, fui explorar uma encosta rochosa a metros do quiosque onde foi servido o café da manhã, visual bacana onde existe literalmente uma mini praia.
O canto pouco visitado de Paraty, bem próximo a onde me hospedei.
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A menor praia do mundo? |
O que dizer do centro histórico? O lugar é muito bacana é uma volta ao passado. Aconselho a ir com calçados planos pois senão, o tombo é certo.
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Por do sol do pier inacabado. |
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Na cachaçaria, tinha até uma de pimenta... |
Ainda dei uma passada na Casa Cultural de Paraty, está tendo uma exposição intitulada: "Bordando o Sono," onde os moradores Caiçaras veem uma chance e mostrar com artesanatos e obras de arte um pouco do seu lar a praia do Sono.
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Nestas fotos, a história de várias figuras locais importantes. |
Também estava legal no barco até chover, mas, foi um desejo realizado.
Gostei do passeio de barco numa próxima vez irei ver com mais calma, pois tinham escunas infelizmente lotadas saindo para o Saco do Mamanguá por exemplo, com preços bem mais em conta em vista do absurdo cobrado por alguns. Ah! Esqueça o almoço embarcado se não quiser ficar duro! E se você é daqueles que gostam de comer bem, no sentido de muito, dê outro jeito!
Preferi vir embora mais cedo para evitar tumulto e trânsito. Assim como em Trindade que o ônibus passou assim que pus os pés fora do camping, cheguei na rodoviária em Paraty embarcando destino ao trevo de Angra. Chovia torrencialmente, eu só via pessoas chegarem e saírem do ponto mas nada do ônibus que serviria para mim. Fiquei sozinho esperando até que parou um carro com vidro fumê que me deixou encabulado ai, os dois caras perguntam se eu iria pro Rio, respondi a princípio que iria pra jacareí que estava baldeando. E eles insistiram e ofereceram a carona perguntaram onde eu morava, fiquei com mais medo ainda! Recusei umas duas vezes mas eles insistiram, quando entrei no carro totalmente tenso o motorista me tranquilizou dizendo que não tinha ladrão ali. Quem não desconfiaria? Fomos conversando e eles falando do que conheciam por lá, porque viram o meu nervosismo, e adivinhem? O motorista, o Manoel mora num bairro seguinte ao meu, e o carona, o Farias, numa rua próxima ou seja, vim de Angra até a porta de onde moro de carona; foi muita sorte e muito boa vontade. Se eles lerem esse post ficarei muito feliz e assim saberão que estou muito gradecido de coração. É provável que nos encontremos outras vezes, eles fazem esse trajeto com regularidade, creio que trabalhem embarcados ou algo do gênero.
Por isso disse que essa viagem foi incrível, só encontrei pessoas legais pelo caminho e me diverti como precisava, só quero passar um fim de semana do verão por lá. Já imaginaram as fotos? Pretendo retornar novamente a Trindade e Paraty assim que puder. Para ir, gastei em torno de R$35,00, muito melhor que pagar o preço do busão direto, e na volta apenas R$13,45 devido a carona.
Que viagem! Que lugar! Quantas pessoas boas no meu caminho! Maravilhoso passeio!
Até a próxima aventura com ou sem carona!
Com é melhor!