terça-feira, 26 de julho de 2011

Trilha Pau da Fome Camorim (via Pedra do Quilombo)

Domingo, 24/07/2011

Através de uma comunidade no orkut, a Trilhas Gratuitas ou "TG" que abriu o espaço pra divulgação de trilhas marquei uma trilha, mais uma travessia Pau da Fome x Camorim, desta vez passando pela pedra do Quilombo.

Então, dia seguinte eu fui ao ponto de encontro, que sinceramente não esperava que aparecesse ninguém. Um rapaz se interessou, mas eu não sabia se ele iria mesmo, mas foi, só ele. Marquei os quinze minutos que avisei que esperaria e fomos.
Subida tranquila, paramos muitas vezes, muitos papos engraçados. Encontramos o senhor Cascardo,um morador antigo dali, segundo ele, vive a mais de quarenta anos no local. Ele reclamava que vão retira-lo dali, que levaram animais, burros e cavalos pra sacrificar, que "está" proibido no parque (sempre foi).
Disse ainda que o nosso "querido" Prefeito esteve por lá, que tem a intenção de retirar toda essa gente que vive no parque. O Seu Cascardo disse a ele: "você vai tirar a gente daqui",  "tirar não, nós estamos te indenizando" responde o Prefeito, conforme o Sr. nos contou.

Pensando sobre essa política da limpeza a força da cidade.
Se tem um lugar, eles deixam as pessoas ocuparem, plantarem, construírem,  até virar uma favela; depois vem o governo com a hipocrisia que lhe é peculiar quererem tirar toda aquela gente que já se estabeleceu ali? Porque não impediram no início?
Depois do assalto ao banco que resolvem por seguranças? Não entendo.
Gente grande de órgãos protetores, políticos bem conhecidos aqui em Jacarepaguá e empresários possuem terrenos, construtoras, pedreiras em parques (áreas de proteção ambiental),com o P.N.T. e o P.E.P.B.
Nada é feito pra impedir! É mais fácil arrebentar o lado enfraquecido da corda não é?

Bom, subimos ao chegar na parte do barranco que já estava cedendo a algum tempo vi que havia desmoronado mais. Deixaram um cipó preso num árvore próxima, com ele fui testar o pedaço restante de terra com raízes colado na pedra pra tentar passar. Foi eu pisar o treco afundou rápido, mais ainda voltei  no susto, um vacilo eu ia pro abismo.
O Sandro queria voltar, por que estava perigoso mas falei que tinha uma corda, foi a salvação do passeio, amarrei ali perto, nos galhos e plantas e conseguimos passar.

Visual como sempre lindo, mesmo nublado, achei o livro de cume, e pela primeira vez pude escrever minha sensação de estar a ali.






Mal terminei, guardei tudo rápido, armava uma tempestade, o céu estava cinza.
Minha preocupação era a volta e a passagem pelo barranco na beira do abismo, com chuva ia ser brabo e perigoso. Passamos, e continuamos rumo ao objetivo, o Camorim, em pouco mais de uma hora chegamos,
mostrei a eles as atrações do açude, passamos na cachoeira, tomei uma banho muito gelado pra repor as energias. Recarregador de baterias humanas.
No final da trilha ainda voltei com ele pra mostrar o véu de noiva a cachoeira lá de baixo e a parte de tratamento da água.





Meus músculos doíam um pouco, me sentia bem mais cansado que o normal, eu estava meu esquisito, presumo que por causa de alguma virose. Minha garganta também não estava legal. A travessia foi concluída com êxito e sem problemas.

Fiquem com mais algumas fotos do dia e outras de outros dias pra mostrar o visual do cume:

 Pequena escalaminhada necessária pra chegada ao cume.


    Flor linda já no Açude.


    Eu contemplando...

O cume.

    Morro e Pedra vistos da trilha





Semana que vem terá mais, ate lá!

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