Começando a explorar, mais um lugar visto a distância, que tive vontade de conhecer, ali no P.E.P.B.
a estrada com muitas marcas de pneu.
Começou a chover, pingo grossos, fiquei muito desapontado, pra minha felicidade diminuiu e parou.
Eu e minha bike, o relâmpago lá fomos nós subindo a montanha. Muitas ladeiras, muitas decidas, claro, mas muito sinistras eu não podia largar o freio um momento.
Subindo e descendo consecutivamente, essa última é a mais íngreme de todas. Um pré exploração uns dias antes pra descer, eu fui freando com a roda travada até o fim praticamente, a pé eu ai escorregar pro causa da terra seca com bicicleta e tudo. Por incrível que pareça montado na bike foi mais tranquilo.
Na estradinha seguindo, passei por um laguinho e e fui subindo.
Antes dessa paisagem, encontrei um senhor que colhia bananas, perguntei sobre o caminho, aonde iria sair aquela estrada, ele me aconselhou a voltar, dizendo : "você vai descascar um pepino grande subindo com essa bicicleta". Mais tarde eu descobriria que ele tinha razão.
Um outro detalhe. Na nossa conversa ela falava que tomou uma cachacinha e que ia tomar mais a noite. Essa gente usa o álcool como estimulante pra trabalhar, não deve ser fácil descer 689 metros morro abaixo com as bananas. Conversa vai, conversa vem, falei com ele: "os mosquitos te pegaram ai nas costas, tá cheio de pontinhos vermelhos", e ele: "ah isso não é mosquito é carrapato". Eu arregalei os olhos e imaginei aquilo em mim, se ele estava daquele jeito imagina o chão ali perto? Falei mais um pouco e fui me embora morro acima.
Há também uma casa lá no alto, com esse pé de tangerina, com frutas minúsculas pouco azedas comparadas as da casa bem mais acima, parecia limão em forma de tangerina.
A casa do senhor infestado por carrapatos, no alto do Morro Grande 689m.
Uma panorâmica da Pedra mirante do Morro Grande.
Subindo infinitamente a encosta do Monte Alegre, como o senhor tinha falado, descascando um pepinão, muito trilha muito ruim, e o peso da bike parecia triplicar.
Muitas curvas, gradativamente a subida amenizava. Passei pela casa do pé de tangerina (limorina ou tangimão), avistei esse laguinho artificial:
Mais algum tempo achei a bifurcação, como no mapa, pra direita subia mais e em frente descia, preferi descer.
Tenho quase certeza que passei em frente a montanha do Pico da Pedra Branca, imponente a esquerda, e a frente torres de energia.
Finalmente a trilha começava a descer mesmo, eu já via Campo Grande, Rio da Prata.
A trilha é horrível, muitas pedras, a frente encontrei outro morador da floresta, que me indicou e confirmou o caminho, dizendo que era pra passar pela cachoeira e continuar seguindo, subir mais um morro pra finalmente descer.
Um cavalo passou com seu dono na garupa, assustado por causa da bike, peguei a trilha subindo o morro cheia de pedras. Imagina empurrar a bike levantando toda hora? Pois é, foi o que fiz.
Recompensando todo meu esforço, a trilha virou estradinha de terra como no lado Jacarepaguá, o que me proporcionou uma bela descida chegando a mais de 30km em algumas partes.
Cada vez mais baixo cheguei a uma placa e logo depois a cachoeira do Rio da Prata.
A civilização, ou melhor a favela aparecia, mais uma nos arredores do parque, sabia que estava próximo ao fim.
Sai ao lado da Guarita do Rio da Prata, conversei um pouco com um guarda irmão de velho conhecido do Camorim, ele falou da falta de aval, apoio pro tyrabalho e abandono do parque.
Terminei esse passeio um dos mais longos pesados e cansativos.
Até breve!
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ResponderExcluirObrigado, mas não tenho a intenção de divulgar essa trilha, efeito de preservação do local.
ResponderExcluirDivulgo meus passeios, não as trilhas.
Senão daqui a pouco tem foto no jornal como saiu o açude do Camorim no Jornal O Dia de domingo.
Imagina a frequência no parque que é abandonado pelas autoridades?