quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sana e Rio das Ostras

Rio, 08/01/2015

   Desapego, aprendizado e gratidão foram as máximas dessa incrível viagem. E ela aconteceu como que por mágica após um chamado aleatório feito por uma pessoa amiga, daqueles que nós nem esperamos, que não fazíamos ideia do que andava fazendo ou por onde estava... Talvez, intuitivamente sentiu que era necessário fazê-lo, e assim, tive a primeira prova que as pessoas que realmente se importam aparecem de onde você nem imagina nos convidando a viver. Você muda a escolha na bifurcação do seu caminho e poe na balança da mente os dois pesos que os destinos escolhidos podem ter. Ela pesou para o mais valioso e didático, claro!
São aqueles que arrancam a gente de um ciclo de pensamentos, situações de futuro incerto, um convite para repensar na vida, focar em nosso bem estar, e no que agrega para nossa ascensão. Muitas ideias e inspirações surgiram... Lições rasgaram definitivamente o véu da ilusão, mostrando que tudo é possível quando queremos e nos sintonizamos numa rádio com som límpido e estéreo, por isso a importância de manter as antenas limpas e bem apontadas, se elas ficam abandonadas e sujas tendem a cair, quebrar e ou, captar frequências ruins. Além é claro, precisamos acreditar que somos capazes de ouvir essas transmissões alegres e saudáveis.
  A viagem, foi bem descontraída, regada a sons de qualidade e bom gosto. Na chegada, fotos no pórtico na entrada da cidade, e nela, no camping, foi hora de montar as barracas e nos organizarmos para o almoço, um P.F. de 13 dilmas bom e satisfatório. Após, foi a hora de dar um rolé pela cidade, até então nada de fotos, elas só começaram a acontecer quando voltamos no caminho para saber mais sobre o rafting, mais salgado que bacalhau do porto! Lá, conversamos como o senhor Moisés, coroa bem simpático e hospitaleiro. Pessoas que vivem assim nas proximidades da natureza são na grande maioria tranquilas, vivem uma vida modesta com qualidade em harmonia consigo mesmos. Nossa amiga comprou mel da propriedade dele além de queijos.


Na volta a Sana foi hora de relaxar com um banho de rio que fica paralelo ao camping e depois descansar. O dia seguinte prometia grandes aventuras.
Acordamos bem cedo, e nos dirigimos a sede da APA, que agora fica onde era o bambuzal outro antigo camping para nos identificarmos e finalmente dizer: Conheci o Sana. A caminhada é árdua e estafante, leva-se mais de duas horas mesmo estando habituado. Não deu para evitar comparações, em alguns trechos o caminho lembra a Pedra da Gávea em outros a travessia Pau da Fome x Rio da Prata. Porém, a energia... São outros quinhentos! Lento e constante foi esse o nosso ritmo, para uma grande recompensa:



Por Bruno Oliveira
Por Bruno Oliveira
 O retorno foi demasiadamente lento, e foi justamente nessa volta que a troca de experiência valeu sem dúvida alguma toda a viagem. Foi muito produtivo, foi agradável e esclarecedor, provando que coincidências não existem, e que sempre tem uma antena poderosa e forte que controla nossas frequências na boa sintonia desde que busquemos isso. Se o rádio está chiando agora, espere, tenha um pouco mais de paciência, verifique mais uma vez o estado da antena, limpe-a se for necessário, que as boas músicas começarão a tocar em breve.
Que céu! Quantas estrelas! Uma nos deu a chance de um pedido...
A noite foi curta e o terceiro dia foi para passear pela cidadezinha e conhecer outros pontos. Dessa vez não deu pra ir as cachoeiras, porém conheci Sana de verdade como ouvi de um senhor simpático no alto do Pombo: "Agora vocês podem dizer que vieram a Sana" Valeu e muito a pena ter aceitado o convite e realmente ter ido. Na manhã seguinte foi hora de levantar acampamento para outro destino.

 Nosso destino ficou decidido, seria Rio das Ostras lugar bem agradável e legal de passear com uma excelente vibe. O ponto forte nem preciso dizer qual é, e já começamos com o Mar do Norte, com a visão das praias virgens ao fundo, inscrições não tão misteriosas assim nas rochas, (belo trabalho por sinal) e é claro curtição e muitas fotos.
A segunda parada foi a lagoa de Iriri ou da Coca Cola como é chamada por causa da sua coloração e da alta concentração de iodo. De águas mornas foi um tanto quanto tentador não relaxar ali.
Praias Virgens ao fundo.
Praça da Baleia
 E por aqui encerro essa postagem, sem palavras para descrever o quão benéfica essa viagem foi pra mim, agradeço por tudo. Tudo foi fixado no subconsciente e será levado para sempre como lições de vida.

Grande abraço até breve!